Sunday, January 4, 2009

O anjo sem asas

Acordas e ves-me do outro lado da cama o rosto palido e marcado pelo terror de quem sonhou com algo que esconde. Enlaças-me com os teus braços e afagas as asas de um anjo decadente...
Sim é verdade, tudo o que sempre quis...tudo o que sempre necessitei esteve sempre nos meus braços.


**Capítulo 11: O Encontro no Quarto Misterioso**

O quarto estava mergulhado na penumbra, e os pensamentos de J eram tão turbulentos quanto a tempestade lá fora. Cada som do mundo exterior, o movimento das nuvens, do chão, e até mesmo do seu próprio corpo, parecia atormentá-lo.

Os olhos da pessoa que estava ao seu lado brilhavam intensamente, e seu corpo pálido e delicado parecia não pertencer àquele mundo. Ao sentir o toque, J se viu mordendo essa figura misteriosa, e, de alguma forma, a alma do estranho lhe era estranhamente reconfortante, como se a presença dessa pessoa fosse um antídoto para a sua própria agonia.

"Por favor, mantém-te quieto, tenho medo de voar...", sussurrou o desconhecido, enquanto mantinha seus braços junto ao corpo. Uma sensação de desconexão com a realidade pairava sobre o quarto, tornando-o semelhante ao seu próprio, mas com temores guardados no armário, marcados com seu ferro.

Entretanto, algo na figura misteriosa o intrigava. Ela tinha o sabor do seu corpo gravado no mesmo lugar onde havia perdido as duas últimas noites, criando uma sensação de familiaridade e estranheza ao mesmo tempo. Seria ela um unicórnio perdido em sua cama, uma criatura mágica cuja natureza escapava à compreensão humana?

O cavalo no canto do quarto parecia estar em algum ponto intermediário entre dois mundos, um símbolo enigmático de transição. J tentou manter os braços quietos, mas o medo e a confusão o fizeram cair em um abismo de sensações intensas.

A primeira ferroada gelada da realidade foi como uma explosão de luz, fazendo seus ouvidos estalarem e expelindo a última noite pela boca fora. Ele acordou, e a figura misteriosa ao seu lado o observava, mas ele não sabia quem era ou o que estava fazendo em seu quarto.

Nesse momento de perplexidade, o quarto parecia um labirinto de mistério, e o encontro com essa pessoa desconhecida permanecia como um enigma a ser desvendado. Quem era ela, e o que os ligava naquele espaço enigmático entre realidade e sonho? As respostas estavam ocultas nas sombras do quarto e nos segredos que ainda estavam por revelar.

Tuesday, February 19, 2008

I Know Very Well How I Got My Name (Morrissey)

A child in a curious phase
A man with sullen ways
Oh, I know very well how I got my name

You think you were my first love
You think you were my first love, but you're wrong
You were the only one
Who's come and gone....

In memoriam of someone who dedicated this song to a very unstable "young adult"...thanks.

Thursday, May 17, 2007

Agostinho

"(...)toda a prova da existência de deus o rebaixa ao nosso nível"

"Um deus provado deixaria de ser Deus, pois não excederia em nada a nossa capacidade lógica."

Agostinho da Silva (Reflexões, aforismos e paradoxos)